Está a chegar ao fim a minha estadia no Soyo, com um misto de vontade de ter saído ontem e de ficar até amanhã.
Inicialmente quando soube eu para aqui vinha fiz uma pesquisa na internet, que se revelou infrutífera.
Fiquei a saber que Soyo é o nome de uma empresa de electrónica Americana e que a cidade se chamava antigamente Santo António do Zaire. Nada mais aparece na internet, que revele a substância desta cidade. Nem mapas, nem bloges, nem fotos.
Reparei também que a palavra Soyo tem levado alguns cibernautas até este meu recanto de confidências feito, por isso para os mais curiosos, os que procuram saber mais do que aquilo que nos é apresentado, aqui ficam algumas imagens do Soyo e algumas notas.
Soyo move-se a três ritmos diferentes: aos ritmos das bases (Kwanda e LNG), ritmos de Angola e ritmos congoleses.
Os primeiros vivem as suas vidas encerrados em bases superprotegidas, quase não se dá por eles. Trazem tudo da sua terra, em nada contribuem para o crescimento e melhoria da qualidade de vida da população. Não compram frutas locais, fazem o seu próprio pão, não comem peixe, não saem da sua redoma de papel.
Não ousam sair com medo que algo aconteça, e algo sempre acontece. Afinal, há muita gente por aí que não gosta deles.
Contudo, à volta destas bases há os angolanos e os expatriados não americanos. Esses sentam-se à mesa do café Licy, que se localiza na via principal do Soyo.
Para além do café Licy há pouco mais para fazer. Há mais uma padaria ao fundo da rua e um pequeno restaurante com uma vista maravilhosa, vazio e escondido num beco, polvilhado de congolesas.
Voltando ao assunto anterior, o povo à volta da mesa do café.
Podemos contar a maior parte das vezes com 3 nacionalidades diferentes. A miscigenação das culturas é forte e rapidamente toda a gente fala uma mescla entre a língua local, o português, o inglês e o francês (afinal o Congo é já do outro lado do rio). Este talvez seja o lado mais positivo desta experiência, o contacto com diferentes culturas.
O Soyo não tem muito a oferecer, na realidade pouco mais oferece que uma verde e luxuriante paisagem, composta por mangal, onde a água invade por todos os lados, criando baías e reentrâncias, istmos e penínsulas, que nos dão a sensação de viver numa ilha.
Inicialmente quando soube eu para aqui vinha fiz uma pesquisa na internet, que se revelou infrutífera.
Fiquei a saber que Soyo é o nome de uma empresa de electrónica Americana e que a cidade se chamava antigamente Santo António do Zaire. Nada mais aparece na internet, que revele a substância desta cidade. Nem mapas, nem bloges, nem fotos.
Reparei também que a palavra Soyo tem levado alguns cibernautas até este meu recanto de confidências feito, por isso para os mais curiosos, os que procuram saber mais do que aquilo que nos é apresentado, aqui ficam algumas imagens do Soyo e algumas notas.
Soyo move-se a três ritmos diferentes: aos ritmos das bases (Kwanda e LNG), ritmos de Angola e ritmos congoleses.
Os primeiros vivem as suas vidas encerrados em bases superprotegidas, quase não se dá por eles. Trazem tudo da sua terra, em nada contribuem para o crescimento e melhoria da qualidade de vida da população. Não compram frutas locais, fazem o seu próprio pão, não comem peixe, não saem da sua redoma de papel.
Não ousam sair com medo que algo aconteça, e algo sempre acontece. Afinal, há muita gente por aí que não gosta deles.
Contudo, à volta destas bases há os angolanos e os expatriados não americanos. Esses sentam-se à mesa do café Licy, que se localiza na via principal do Soyo.
Para além do café Licy há pouco mais para fazer. Há mais uma padaria ao fundo da rua e um pequeno restaurante com uma vista maravilhosa, vazio e escondido num beco, polvilhado de congolesas.
Voltando ao assunto anterior, o povo à volta da mesa do café.
Podemos contar a maior parte das vezes com 3 nacionalidades diferentes. A miscigenação das culturas é forte e rapidamente toda a gente fala uma mescla entre a língua local, o português, o inglês e o francês (afinal o Congo é já do outro lado do rio). Este talvez seja o lado mais positivo desta experiência, o contacto com diferentes culturas.
O Soyo não tem muito a oferecer, na realidade pouco mais oferece que uma verde e luxuriante paisagem, composta por mangal, onde a água invade por todos os lados, criando baías e reentrâncias, istmos e penínsulas, que nos dão a sensação de viver numa ilha.
(O Soyo)
Na praia, ao longe, é possível ver a flamejante chama as plataformas. No fundo penso, sem hipocrisias: é só por isto que estamos todos nesta terra perdida na fronteira.
Leva-se daqui mais uma experiência de vida. Aprende-se que há sempre algo melhor para voltar, que há piores sítios no Mundo do que afinal pensávamos, que há gente boa e má em todos os continentes e acima de tudo que de facto os Americanos são intragáveis.
Nada mais tenho a acrescentar.
(A "Praia dos Pobres")
"Praia do Canhão"
Praia da Sereia (daqui vê-se a base)
O Mercado (uma ida às compras no Domingo)
2 comentários:
Hoje, neste dia, que creio especial, porque tenho à minha frente um livro de poesia do enorme ARY quero-te recordar que "Nem um poema nem um verso nem um canto/tudo raso de ausência tudo liso de espanto/e nem Camões Virgílio Shelley Dante/o meu amigo está longe/e a distância bastante".
Espero que este dia, que espero não me enganar é sempre especial na vida de cada um, te corra muito bem.
De Abril a Maio, tanto sonho que justifica tanta luta.
Um grande abraço
Luanda ou Soyo..Soyo ou Luanda.. :|
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