A minha mãe sempre me disse que melhor que ter um barco era ter amigos que tivessem um barco...
Até à data, tem-se comprovado uma boa teoria, não desfazendo dos amigos que têm o barco e da simpatia de me acolherem a bordo.
Quando no Sábado liguei a uns amigos para lhes falar de um amigo que gostava de andar de barco, recebo o convite para fazer parte da tripulação no Domingo. Nem hesitei. Perguntei às minhas parceiras se estavam interessadas e marcámos o encontro para Domingo no Club Náutico às 13.
Ainda recebemos o aviso: tragam casacos que está frio. E levámos uns casaquitos de malha que se revelaram infrutíferos em matéria de protecção contra o frio gélido do vento. Convém dizer que eramos as 3 marinheiros de banheira...
O Objectivo era ver as baleias. Nesta altura do ano as baleias migram desde o frio do Pólo Sul, até ao Gabão para darem à luz. É possível vê-las com facilidade a pocas milhas da costa.
Zarpámos do porto, atravessando a fedorenta baía de Luanda (triste de ver), à espera que mais ao largo o vento fosse mais favorável.
Fomos andando devagar até cruzar a ponta da ilha.
Entretanto íamos tendo as conversas habituais: conheci alguém que vos conhece e é primo, de não sei quem. E tu quem és? Ah, eu sou filha do fulaninho tal que é primo de alguém. Daquele que trabalhava ali? E tu és sobrinho desse? Andei com o teu tio ao colo.
Numa viagem de barco, chegasse facilmente à conclusão que o mundo é um penico!
Mas focalizando no barco, começámos a velejar em direcção ao mar alto, na expectativa de ver um repuxo... mas nada.
O frio começava a apertar, estavamos a voltar, e nada. Os enjoos começaram...e nada.
Mas eis que sentada a conversar de repente vejo uma barbatana dorsal, ponho-me a pé e digo: é um golfinho!
Não era 1 mas 3 que nos deram o prazer da sua companhia quase até à entrada da Baía, onde água se torna demasiado poluída para suportar qualquer tipo de vida.
Foi um deleite obsevarmos os saltos e as bricadeiras...
Será que nos voltamos a ver?
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