Todos sabemos que vivemos na era do medo. Na era do pânico, conscientes de que o cidadão x pode ser um qualquer bombista insatisfeitos com séculos de subserviência perante a Europa e os Estados Unidos.
Mas nós, europeus, continuamos a viver sobre a égide da suprema segurança. Aguentamos com regras de segurança completamente idiotas, mas que compreendemos tratar-se de um mal menor. Ajamos então em prol da Civilização.
Contudo, há sempre aquilo que se designa por excesso de zelo, com especial ênfase nos aeroportos.
Se falarmos de um aeroporto em Angola, então a coisa complica mesmo.
Toda a gente sabe que dentro de uma carteira de uma mulher há um conjunto de coisas completamente inúteis, dispensáveis dirão os homens, e que só estorvam na maior parte do tempo, mas que em dada ocasião já foram ou poderão vir a ser úteis.
Uma dessas coisas é a pinça. Não há objecto mais precioso, é sempre necessário.
Experiência: trazer uma pinça na carteira no aeroporto doméstico de Luanda.
RX, esse metodologia recentemente descoberta, mas muito versátil e que se revelou de grande utilidade para detectar frascos de perfume nas carteiras das senhoras.
Eis que a pinça é detectada.
Diz o senhor do outro lado: tem pinça aí dentro!
Eis que a dama, do outro lado estupefacta, balbucia: sim, e?
E?? Tem que deixar?
Porque, continua incrédula do outro lado.
Porque sim!
mas está a gozar comigo?
Um não rotundo desenhou-se nos lábios...
Entretanto alguém murmura: pois é, uma mulher munida de uma pinça, pode-se enfurecer e atacar alguém no avião!
Haja gente sadia neste mundo.
mas hoje senti-me como um iraniano a tentar entrar no espaço Shengen.
Agora só espero que não acusem de conspiração a amiga que traz uma nova pinça da Europa!