Estamos a falar de um país cuja segunda principal causa de morte é a estrada.
Não que ela desabe, ou o traçado seja perigoso ou nos engula, mas porque simplesmente há demasiada gente perigosa nela.
A seguir à Malária, os acidentes de viação são a segunda causa de morte em Angola. Considerando que é surreal morrer de paludismo no século XXI o que pensar destes números da estrada? Mas adiante, não se trata esta a questão.
Já assisti a acidentes que contrariam todas as leis da física e que nem respeitam a lei da gravidade, já assisti a mais atropelamentos mortais em 5 anos que nos restantes 30 da minha vida. Mas adiante.
Não deixo de me surpreender quando ouço na rádio que em Menga, Município do Wako Kungo, houve um embate frontal entre um camião e uma toyota Dyna.
Deste acidente resultaram 37 mortos e 11 feridos. Conclusão, o motorista do camião ia demasiado depressa. A minha pergunta é: porque é que ninguém se questiona porque estavam 48 pessoas na caixa de uma Dyna?
Como alguém muito sábio disse: "aqui morre-se à toa porque se quer!"