Há dias e dias, já diz o ditado!
Há uns melhores que outros. Há uns mesmo muito maus em que, como dizem os irredutíveis gauleses, parece que o céu nos vai cair na cabeça. E há ainda os outros, os do costume, em que a vida se desenrola na sua pacífica existência, qual regato a brincar entre as pedras.
Esta semana posso contar pelos dedos de uma mão os dias em que o meu gerador não foi a baixo e tive água para tomar banho de manhã. É nesses dias normalmente em que, apesar de achar que nada mais pode correr pior, há-de aparecer algo que nos recorda que a vida é mesmo feita para sofrer. Basta uma frase inacabada ou com o inoportuno sentido, para nos gelar as veias e fazer o coração parar de bater.
Nunca se sabe se o dia de amanhã não vai ser pior.
Mas bons dias também os há. Por exemplo, um passeio até à barragem do Kuando, para retemperar o espírito em boa companhia e aproveitar as belezas da natureza. Ainda que nada mais haja para fazer, que os lugares sejam sempre os mesmos, é sempre um prazer regressar. Crianças a chapinhar na água, e claro alguns persistentes adultos a tentar acompanhá-los nas suas precoces brincadeiras. Escorregar pelas pedras abaixo, ao sabor da corrente, ou saltar de uma rocha. São as brincadeiras favoritas dos graúdos e dos miúdos. O fim-de-semana sempre finda, assim como as alegrias que nos proporciona. Depois chega a segunda-feira, furiosa e arrogante, para nos lembrar que são 5:30 e temos que nos levantar da cama.
Assim, são os dias.
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