Angola permitiu-me reconstruir um pouco daquilo que foi o passado dos meus pais.
A primeira impressão que tive foi a de tentar reconstruir Luanda, uma cidade que tinha imaginado milhentas vezes, e ver se as peças do puzzle se enquadravam com as das minhas memórias criadas através de estórias.
O Baleizão, a praça José Anchieta, a Av. dos Combatentes, o Kinaxixi, a ilha, o Mussulo, e tantos outros locais que sempre existiram na minha imaginação, também eles alimentados por Agualusa, Pepetela, Ondjaki...
Ao chegar, tornaram-se reais para mim. Só foi preciso reconstruir mentalmente uma cidade inteira.
Outra fase foi o reencontro de alguns amigos dos meus pais que só existiam em nome. Agora tenho a possibilidade de encontrá-los em pessoa.
O melhor é ouvir as estórias que os nossos pais nunca nos contam.
Tudo começa com "lembras-te daquela vez em que..." ou então "és parecida com a tua mãe", e isso faz-nos sentir em casa.
Agora só falta vocês cá virem para completar a última peça do puzzle que ainda está em falta.
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