terça-feira, 9 de setembro de 2008

Não há Festa como esta!

Não há Festa como esta! É o slogan que se lê em todos os cartazes, t-Shirts, stands, etc.
De facto é verdade. E a verdade tem que ser dita, senão perde a sua validade.
Ali estamos num espaço no qual a utopia se torna a realidade e onde toda a gente se trata pelo mesmo nome: Camarada! Isto até é bom, porque quando não nos conseguimos lembrar do nome de alguém, basta gritar camarada e resulta.

Aqui trabalha-se para um colectivo. Todo o trabalho é voluntário e melhor que tudo isso é que todos esperam por estes dias para trabalhar com gosto, vigor e um enorme prazer. Isso vê-se nas caras de quem faz esta Festa, mas sem se queixarem, sem acharem que é de mais, todos trabalham com um sorriso nos lábios, ao mesmo tempo que trauteiam uma música interdita.
É um espaço de solidariedade, de igualdade, fraternidade, encontros, abraços, punhos no ar erguidos, que nos fazem lembrar que há um porto de esperança ao qual nos podemos agarrar.
Há sempre alguém que nos dá um abraço quando nos faz falta, sem termos sequer que pedir.
São 3 dias de Festa, é verdade, o resto do ano são de luta para quase todos. Mas durante 3 dias esquecemo-nos que há um conjunto de adversidades lá fora, que a luta tem que ser contínua, que o empenho maior que o tempo e que nunca, mas nunca, se desiste. Durante 3 dias, muitos são os que sentem que o seu sonho se concretiza. 3 dias apenas, quem dera que outros desejos da nossa vida se pudessem concretizar assim.
É um espaço de mobilização. Ao sentir o poder avassalador da Carvalhesa, uma música que consegue fazer com que uma multidão de dezenas de milhares de pessoas comecem aos saltos, percebe-se do que é feita esta gente. É feita de esperanças de um mundo muito melhor.
Nem a persistência da chuva (que só deu tréguas por volta das 23:00) fez desmobilzar.
Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não (como diz numa canção).

Faz-nos ver que sim é possível, um mundo melhor! E sim, é verdade, isso assusta muita gente.
Por isso se assiste ao ultrajante tempo de antena que a TV dá este evento, que é mais importante em Portugal, e se pensa: porque não se mostra a verdade?
A Luta Continua!

1 comentário:

Vânia Nunes disse...

A Festa continua e a Carvalhesa, pelos vistos, também... lá para o internacional... ;o)