O que fazer em Luanda quando não há nada para fazer.
É isso mesmo, imaginem um Domingo, sem bateria no telefone, com dois canais de televisão e os amigos a dormir depois de Sábado à noite.
A luz do dia começa a entrar teimosamente no nosso espaço, a partir das 6:00. Em Luanda não há persianas nas janelas, por isso os quartos são espaços conspurcáveis pela luz matinal… não há qualquer poção que faça mudar o empertigado sol de África quando irrompe pela manhã de Cacimbo.
Depois de lutar com venda dos olhos, apertá-la, reforçá-la com a almofada, vi que nada poderia devolver-me o sono.
Assim, levantei-me da cama, tomei um banho, tomei pequeno-almoço e decidi sair de casa.
Para onde? Para começar do outro lado da rua, tomar um cafezinho, depois sair para uma volta pelas redondezas, afinal a vizinhança até é boa, constituída por embaixadores e ilustres membros da sociedade angolana. Não há que temer.
Deixar a carteira em casa, sair com o essencial, por os óculos de sol e sair a pé.
O tempo está agradável, sem aquele abrasador tom de Verão. O cacimbo é de brandos costumes…
Os passeios a pé permitem-nos coisas interessantes, tais como encontrar pessoas conhecidas que se passeiam também de carro ou a pé, tentar adivinhar as espécies de plantas que crescem nos quintais, observar as crianças nos jogos de futebol. Observar a dinâmica desta cidade.
Há que regressar. Agora o que fazer?
E assim, fui ocupando o meu dia… lendo, cozinhando, saindo para tomar café.
O interessante de Luanda é que podemos encontrar gente amiga em qualquer lado. A tomar um café na Baía ou simplesmente a passear no teu bairro.
A marginal ao Domingo enche-se de graça, de luz que se reflecte na baía e ilumina todo o espaço, agora livre de carros a soprar fumos do inferno pelo escape. Ao Domingo a cidade mexe-se. Não há a gritaria das buzinas, o aperto do vendedor de rua que tenta impingir tudo o que traz nas mãos: toalhas de banho, perfumes para os carros, chicletes, catanas…
Inquiro-me sobre o destino das kitandeiras… e aí paro para trautear uma música do Rui Mingas.
Mesmo parada, há nesta cidade uma imensidão de cor e de luz. Embora os Domingos sejam dias parados, há sempre uma cidade que se mexe, mesmo que sejamos nós a mudar de lugar.
É isso mesmo, imaginem um Domingo, sem bateria no telefone, com dois canais de televisão e os amigos a dormir depois de Sábado à noite.
A luz do dia começa a entrar teimosamente no nosso espaço, a partir das 6:00. Em Luanda não há persianas nas janelas, por isso os quartos são espaços conspurcáveis pela luz matinal… não há qualquer poção que faça mudar o empertigado sol de África quando irrompe pela manhã de Cacimbo.
Depois de lutar com venda dos olhos, apertá-la, reforçá-la com a almofada, vi que nada poderia devolver-me o sono.
Assim, levantei-me da cama, tomei um banho, tomei pequeno-almoço e decidi sair de casa.
Para onde? Para começar do outro lado da rua, tomar um cafezinho, depois sair para uma volta pelas redondezas, afinal a vizinhança até é boa, constituída por embaixadores e ilustres membros da sociedade angolana. Não há que temer.
Deixar a carteira em casa, sair com o essencial, por os óculos de sol e sair a pé.
O tempo está agradável, sem aquele abrasador tom de Verão. O cacimbo é de brandos costumes…
Os passeios a pé permitem-nos coisas interessantes, tais como encontrar pessoas conhecidas que se passeiam também de carro ou a pé, tentar adivinhar as espécies de plantas que crescem nos quintais, observar as crianças nos jogos de futebol. Observar a dinâmica desta cidade.
Há que regressar. Agora o que fazer?
E assim, fui ocupando o meu dia… lendo, cozinhando, saindo para tomar café.
O interessante de Luanda é que podemos encontrar gente amiga em qualquer lado. A tomar um café na Baía ou simplesmente a passear no teu bairro.
A marginal ao Domingo enche-se de graça, de luz que se reflecte na baía e ilumina todo o espaço, agora livre de carros a soprar fumos do inferno pelo escape. Ao Domingo a cidade mexe-se. Não há a gritaria das buzinas, o aperto do vendedor de rua que tenta impingir tudo o que traz nas mãos: toalhas de banho, perfumes para os carros, chicletes, catanas…
Inquiro-me sobre o destino das kitandeiras… e aí paro para trautear uma música do Rui Mingas.
Mesmo parada, há nesta cidade uma imensidão de cor e de luz. Embora os Domingos sejam dias parados, há sempre uma cidade que se mexe, mesmo que sejamos nós a mudar de lugar.
3 comentários:
Olá. Conheci este blog através de uma amiga especial.
Nasci em Luanda, morava na Mutamba e já deixei esta linda cidade em 1975. Tenho algumas recordações de infância , mas a guerra deixou-me alguns medos que não foram ultrapassados.Contudo,tenho saudades da minha infância que foi muito feliz. Por isso, vou viajar por aqui e recordar velhos tempos. Um abraço
Saudações de um blogueiro amigo de Angola!
Ironicamente, só conheço a música "Meninos do Huambo", do Rui Mingas...
Agora, quanto a ver-te debater com o sol... nem quero imaginar o "má-modo"!!!
Ou será que esse também já tem os dias contados?! :)
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