quinta-feira, 28 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Aos que partem
Chegamos a um ponto das nossas vidas em que as pessoas começam a partir.
Partem porque procuram novos desafios, procuram organizar a vida e concretizar os seus sonhos.
Muitos sentem que o seu lugar não é aqui, por isso é natural que os amigos simplesmente partam. Nós como amigos, compreendemos que por vezes temos que ficar a vê-los partir.
Em muitos casos lembro-me da velha citação do meu conterrâneo poeta: “Não sei para onde vou. Sei que não vou por aí!” e essa é uma certeza inabalável.
Todos nós fazemos dos locais um ponto de passagem, para algum lado, até encontrarmos o nosso ou para redescobrirmos que temos que regressar.
O lado bom das despedidas é que são animadas! Como sempre, todos os motivos são motivos de festa e no Huambo não se passa sem uma boa festa, não é verdade?
Só tenho uma dúvida, como vão ser os Domingos à tarde?
A todos os que partem, um até breve.
sábado, 23 de agosto de 2008
Vamos simplesmente aguardar e ver como vai correr todo este processo, que foi tão ambicionado.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Para a Família!
Já só faltam 3 dias! Qual vai ser o meu repasto?
Estou a sonhar com umas prometidas migas desde Maio.
Beijos
sábado, 16 de agosto de 2008
Tanta estrada!
Portugal é mais pequeno que algumas províncias de Angola, por exemplo a área de Portugal Continental cabe dentro da Lunda Norte, Moxico, Kuando Kubango, Malanje…
Não nos apercebemos destas distâncias ao olhar para um mapa ou quando pensamos em números, como os que nos foram ensinados na escola primária. Mas ao calcorrearmos este país, vemos a sua imensidão.
Um país onde as distâncias não se medem em km, mas sim em tempo!
Estando a olhar para o Mapa de Angola, apercebi-me que já percorri uns largos milhares de km.
Ontem durante uma viagem um passageiro dizia-me, afinal conduz bem! Escusados são os comentários. Obrigada.
Para descontracção marquei no mapa de Angola, todas as províncias onde já estive e passei.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Um dia o Kinaxixi vem abaixo (II)
Por conseguinte, em 2005 foi anunciada a alienação do mercado a uma empresa privada, tendo surgido um primeiro projecto que previa que o edifício não fosse totalmente destruído, projecto que acabou por ser substituído pelo actual, em que, segundo o Público, ninguém sabe exactamente o que é.
O arquitecto Vasco Vieira da Costa terminou o curso de Belas-Artes do Porto, viajou para Paris, onde trabalhou durante algum tempo com Le Corbusier, e em 1950 chegou a Luanda, sendo o mercado de Kinaxixi a primeira obra que desenvolveu."
domingo, 3 de agosto de 2008
Um dia o Kinaxixi vem abaixo.
O livro relatava os feitos da Kianda da Lagoa do Kinaxixi, que recuperava à água o que de natural lhe pertencia.
Parece que o desejo se concretizou. Os prédios do Kinaxixi estão a vir abaixo.
No dia 2 de Agosto de 2008, pelas 12:00 enquanto descia a Av. Dos Combatentes, começamo-nos a aperceber de um estranho fumo que emergia do largo do Kinaxixi.
Um incêndio, uma fumigação, simplesmente pó…
Ao aproximar-me pude ver uma pá giratória que encabeçava as acções de demolição do emblemático mercado do Kinaxixi.
Esse emblemático local de Luanda, de onde a minha avó recorda os cheiros e as cores de que tanto fala. Onde ia comprar as suas frutas, antes de ir para casa no Largo Ferreira do Amaral, logo ali ao lado, está a cair de uma forma cruel. De uma forma imposta, que não era suposto ser. O Kinaxixi tem o inalienável direito de cair por si próprio!
Nunca pensei que fosse ver deuses e homens aliados numa só missão: deitar o Kinaxixi abaixo. Não sei quem engendrou este esquema, não sei quem esteve na origem desta acção, mas com certeza não me vou esquecer do boquiaberto ar dos transeuntes a olharem o pó a subir no ar.
Muitos registaram o momento, para não se esquecerem de que já houve tempos em que deuses e homens trabalharam em conjunto, vá-se lá saber para quê.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
As sms e as tendinites!
Não entrou só no campo lexical das conversas dos autocarros. “Olha pá, tenho uma tendinite num ombro que não me permite levantar o copo! E o pior é que o meu médico da caixa não quer saber!”
Não, também entrou no campo das doenças profissionais. O uso do rato é um dos grandes causadores de tendinites. Que loucura.
Outra grande causa é escrever mensagens nos telemóveis. Há quem tenha desenvolvido técnicas muito interessantes e eficazes.
Mas tenho de facto de falar nisto porque fico impressionada impressiona com a forma como as pessoas escrevem mensagens no telemóvel. Isso sim, é de facto soberbo, que velocidade (como se não houvesse amanhã), que técnica, que emoção.... Por vezes fico extasiada e perplexa com as pessoas a mandar mensagens. A conduzir, a tomar banho, a cozinhar… uma panóplia de acções que em conjunto só podem ter um efeito desastroso.
A utilização do dedo polegar é de facto um factor de risco. Qualquer dia temos alguém a dizer “lesionei-me a mandar uma sms”.
As pessoas mandam mensagens por tudo e por nada. para namorar, para desnamorar, para agendar reuniões, para se insultarem, para marcar encontros… Com tanta coisa para fazer com o serviço de sms de um telemóvel o mais certo é acontecer uma das duas hipóteses:
- ou a evolução da raça Humana, na qual teremos seres com dedos polegares enormes e delicados, para conseguir marcar as teclas cada vez mais pequenas de uma forma expedita,
- ou uma geração incapacitada de usar o dedo polegar por excesso de utilização!
A única vantagem é que podem dizer ao médico do trabalho que a lesão se deve à utilização do rato do computador. Boa desculpa!
Por isso o melhor é abolirmos esta prática, que acabará por dar cabo da nossa produtividade (e acho que para isso não precisamos de motivos e ajuda).
Vamos voltar aos tempos de antigamente, a marcar as horas para os encontros e a conversar como pessoas.
Até estou a pensar em fazer um abaixo-assinado!