Esta semana, para acrescer às dificuldades que já sentimos e vivemos, foi decretada a fase de mitigação da doença. Significa isto que foi assumido que o contágio se dá a nível comunitário, sem seja possível identificar as cadeias de transmissão.
As restrições aumentam, porque se assume que o vírus está em toda a parte e todos são potencialmente portadores do mesmo.
A partir de agora as saídas de casa devem resumir-se ao estritamente necessário, compras, farmácia, abastecer o carro, mas tudo nas imediações da residência.
Com as crianças as coisas correm relativamente bem, uma vez que temos um jardim grande e eles divertem-se com as suas actividades. A relação mãe/ docente melhorou e conseguimos agora fazer os trabalhos com maior eficácia, mas com diminuído sucesso à medida que a semana passa. É difícil distinguir os dias da semana, pois são todos iguais. Se não fosse as actividades escolares nem sabíamos a quantas andávamos.
Coisas que descobri esta semana:
- que não preciso passar a roupa a ferro.
- que a balança está completamente descalibrada...
Mas em conclusão semanal, os dias vão-se levando. Como se diria na Tanzânia: Pole Pole.
domingo, 29 de março de 2020
quarta-feira, 25 de março de 2020
Estado de Emergência
Dia 18 de Março de 2020 e o estado de emergência foi decretado.
E uma situação excepcional, que só ocorreu uma vez durante os anos de democracia. O que nos leva a querer que os nossos direitos sejam suspensos? O medo? o achar que os outros são menos que nós?
O quê?
Sabem o que significa?
Sabem que já não temos os mesmos direitos? Sabem que há países que dissolvem as suas democracias assim?
Sabem que dia 19 é o meu dia de aniversário e o estado de emergência começa nesse dia? que triste forma de celebrar.
O medo reina. As ruas estão vazias, apenas as filas habituais para os talhos, fruta, pão, mercearia e farmácia.
Acho que já disse que parece um cenário de Mad Max. Será que estaremos prontos para a guerra?
Fico mais ansiosa a pensar no que nos vamos tornar, nós e o nosso mundo, do que a Pandemia em si.
Tenho medo da doença, sim claro. Tenho medo que morram as pessoas de quem gosto. Teqnho medo de ficar doente e deixar os meus filhos sozinhos.
tenho medo de não ter o que dar de comer aos meus filhos. Tenho medo de não ter dinheiro para pagar contas da água e da luz.
Tenho muito medo de como será o futuro. Será que ainda seremos iguais a nós próprios?
Certamente não irei esquecer o meu 43º aniversário.
E uma situação excepcional, que só ocorreu uma vez durante os anos de democracia. O que nos leva a querer que os nossos direitos sejam suspensos? O medo? o achar que os outros são menos que nós?
O quê?
Sabem o que significa?
Sabem que já não temos os mesmos direitos? Sabem que há países que dissolvem as suas democracias assim?
Sabem que dia 19 é o meu dia de aniversário e o estado de emergência começa nesse dia? que triste forma de celebrar.
O medo reina. As ruas estão vazias, apenas as filas habituais para os talhos, fruta, pão, mercearia e farmácia.
Acho que já disse que parece um cenário de Mad Max. Será que estaremos prontos para a guerra?
Fico mais ansiosa a pensar no que nos vamos tornar, nós e o nosso mundo, do que a Pandemia em si.
Tenho medo da doença, sim claro. Tenho medo que morram as pessoas de quem gosto. Teqnho medo de ficar doente e deixar os meus filhos sozinhos.
tenho medo de não ter o que dar de comer aos meus filhos. Tenho medo de não ter dinheiro para pagar contas da água e da luz.
Tenho muito medo de como será o futuro. Será que ainda seremos iguais a nós próprios?
Certamente não irei esquecer o meu 43º aniversário.
terça-feira, 24 de março de 2020
Semana 1 - 16/03 - 22/03
Esta foi a primeira semana de isolamento social voluntário.
Por agora cessaram todos os contactos com familiares e amigos, mantemo-nos apenas os 5 em feliz cohabitação nesta casa.
Apesar da insistência da minha mãe, para ficarmos todos juntos optei por não o fazer por dois motivos:
1- A minha mãe, maior de 60 anos e hipertensa, é médica e continua a trabalhar. Está muito mais exposta que nós que estamos em teletrabalho a partir de casa. O mesmo com a minha irmã, embora tenha um risco mínimo de exposição, tem um risco maior que nós. Além dos mais , os miúdos são essencialmente vectores de transmissão, pelo que se estiveram em contacto com o vírus nos últimos dias, podem facilmente transmiti-lo, sem terem sintomas relevantes.
2. Temos um jardim. Ponto final. Ficar até fim de Maio (esperemos nós), com 3 crianças menores de 7 anos em casa fechados é um no-go.
E assim é, estamos isolados em casa, saindo apenas para fazer as compras do dia-a-dia e para apanhar algum ar. As crianças não saem de casa.
O João de todocriaçs, parece estar mais impaciente. É o único que pede para sair e para me acompanhar nas idas à pastelaria.
É dificil negar-lhes coisas pequenas: como um bolo de arroz ou um brigadeiro. Na medida do possível saio para satisfazer as suas necessidades, mesmo estes pedidos mais exigentes.
Ter um jardim ajuda muito, nomeadamente na execução de actividades ao ar livre com as crianças.
Antes de nos fecharmos fomos a um viveiro de plantas para nos abastecermos de plantas, para pormos as mãos na terra e daqui a umas semanas podermos colher alguns frutos.
Os miúdos não ficam muito excitados com esta actividade, mas a tenda Teppi e o ginásio do pai an garagem tem feito maravilhas pela sua sanidade mental.
O mais exigente é dar resposta aos requisitos educativos deles. Todos os dias recebo cerca de 5 emails com actividades a realizar, mais uns 3 de correcções. Obviamente alguma coisa tem que ficar para trás, e isso são as actividades dos mais novos.
Cada dia é uma luta para acordar, pequeno-almoço e preparar para os trabalhos de casa. É um esforço considerável conseguir que tudo isto aconteça de manhã, para poder fazer o almoço.
Esta primeira semana foi caótica: almoços às 15:00, jantares às 21:00. Estar em casa não é em definitivo ter tempo para casa, ou para estar com as crianças ou para estar a sós.
Estar em casa, fechada, não é proporcionalmente linear à frequência do curso de latim que o Frederico Loureço disponibilizou, ou para ler aqueles livros como se fosse adolescente ou para ver aquelas séries de quem todos falam.
Também não há tempo para por conversas em dia. Só por telefone. Carrego o telefone pelo menos 2 vezes ao dia.
As saudades crescem e ainda só passaram alguns dias.
Covid-19, faça o favor de passar e andar. Aqui ninguém te quer.
Por agora cessaram todos os contactos com familiares e amigos, mantemo-nos apenas os 5 em feliz cohabitação nesta casa.
Apesar da insistência da minha mãe, para ficarmos todos juntos optei por não o fazer por dois motivos:
1- A minha mãe, maior de 60 anos e hipertensa, é médica e continua a trabalhar. Está muito mais exposta que nós que estamos em teletrabalho a partir de casa. O mesmo com a minha irmã, embora tenha um risco mínimo de exposição, tem um risco maior que nós. Além dos mais , os miúdos são essencialmente vectores de transmissão, pelo que se estiveram em contacto com o vírus nos últimos dias, podem facilmente transmiti-lo, sem terem sintomas relevantes.
2. Temos um jardim. Ponto final. Ficar até fim de Maio (esperemos nós), com 3 crianças menores de 7 anos em casa fechados é um no-go.
E assim é, estamos isolados em casa, saindo apenas para fazer as compras do dia-a-dia e para apanhar algum ar. As crianças não saem de casa.
O João de todocriaçs, parece estar mais impaciente. É o único que pede para sair e para me acompanhar nas idas à pastelaria.
É dificil negar-lhes coisas pequenas: como um bolo de arroz ou um brigadeiro. Na medida do possível saio para satisfazer as suas necessidades, mesmo estes pedidos mais exigentes.
Ter um jardim ajuda muito, nomeadamente na execução de actividades ao ar livre com as crianças.
Antes de nos fecharmos fomos a um viveiro de plantas para nos abastecermos de plantas, para pormos as mãos na terra e daqui a umas semanas podermos colher alguns frutos.
Os miúdos não ficam muito excitados com esta actividade, mas a tenda Teppi e o ginásio do pai an garagem tem feito maravilhas pela sua sanidade mental.
O mais exigente é dar resposta aos requisitos educativos deles. Todos os dias recebo cerca de 5 emails com actividades a realizar, mais uns 3 de correcções. Obviamente alguma coisa tem que ficar para trás, e isso são as actividades dos mais novos.
Cada dia é uma luta para acordar, pequeno-almoço e preparar para os trabalhos de casa. É um esforço considerável conseguir que tudo isto aconteça de manhã, para poder fazer o almoço.
Esta primeira semana foi caótica: almoços às 15:00, jantares às 21:00. Estar em casa não é em definitivo ter tempo para casa, ou para estar com as crianças ou para estar a sós.
Estar em casa, fechada, não é proporcionalmente linear à frequência do curso de latim que o Frederico Loureço disponibilizou, ou para ler aqueles livros como se fosse adolescente ou para ver aquelas séries de quem todos falam.
Também não há tempo para por conversas em dia. Só por telefone. Carrego o telefone pelo menos 2 vezes ao dia.
As saudades crescem e ainda só passaram alguns dias.
Covid-19, faça o favor de passar e andar. Aqui ninguém te quer.
sábado, 21 de março de 2020
Amor nos tempos do Corona
O título é bastante óbvio e até gasto, diriam muitos de vós, mas não
me ocorre melhor para descrever os tempos que vivemos.
Não acredito que seja o amor que nos vá salvar desta catástrofe, mas sim a ciência. Não haverá alinhamento de xakras, ou rezas e mezinhas tradicionais que resolvam o problema. Seria mais fácil acreditar que sim.
Não acredito que seja o amor que nos vá salvar desta catástrofe, mas sim a ciência. Não haverá alinhamento de xakras, ou rezas e mezinhas tradicionais que resolvam o problema. Seria mais fácil acreditar que sim.
Nunca pensei viver um cenário
tão apocalíptico e descabido, não estava preparada. Mesmo com a ameaça das
alterações climáticas, com resultados tão devastadores e já aí à porta, sempre
fui empurrando com a barriga e pensando que a Humanidade encontraria a sua
ordem.
Em meados de Janeiro começámos
a ouvir falar do novo Corona Virus, uma epidemia que se alastrava na China e
países limítrofes, mas contudo longe daqui. Depois, foi chegando mais próximo e
no final de Janeiro começamos a contar os casos na Europa. Agora damos-lhe um
nome próprio, porque a sua impostância é merecedora de tal: é o Covid-19. Os
números foram-se amontoando, enquanto em Portugal continuavamos à espera, como
a nêspera que algo acontecesse.
Entretanto em Itália a epidemia
alastra-se e os números e mortos acumulam-se.
Começamos a reflectir e a perceber
que agora a pandemia estava demasiado próxima, e eis que, sem apelo nem
agaravo, depois do Carnaval começam a aparacer em grande escala os casos
suspeitos em Portugal, quase todos importados de Itália. O medo começa a
interiorizar-se e a fazer parte da nossa rotina: será que conheço alguém que
tenha ido a Itália? Será que estive nalgum local onde esteve um infectado, será
que é seguro as crianças voltarem à escola depois da pausa, quando há tantos
alunos que viajaram para países onde há casos confirmados? As perguntas
acumulavam-se e sem uma resposta sensata à vista.
Nos dias que antecederam o
início das aulas, que ocorreu 09 de Março, começo a receber notificações em
catadupa sobre em grupos das redes sociais sobre os primeiros casos de Covid-19
e sobre a razoabilidade de a escola reabrir. Nós optámos por tentar manter uma
rotina normal, mas observando a evolução do que se estava a passar. Não
obstante a tentativa de manter a normalidade, abandonámos a realização de
actividade física em espaços fechados e decidimos que a Catarina não iria à
natação. Todas as saídas a cafés seriam as estritamente necessárias, a partir
de agora.
Na escola, os número de
crianças ausentes aumentava de dia para dia, enquanto aguardávamos expectantes
alguma informação sobre a continuidades das aulas. A escola mantinha-se
vigilante mas respeitando as decisões da OMS, DGS e da embaixada de França em
Portugal. No fundo, ansiavamos que fechasse.
Nas notícias víamos:
universidades a fechar (uma a uma), unidades de entretenimento a cancelarem
actividades, cinemas a fecharem, enquanto enviávamos calmamento os nossos
filhos para a escola. Já não podiamos ignorar que algo se passava, bem perto de
nós. O que me parecia mais surreal era que as decisões estavam a ser tomadas
unilateralmente, sem concertação, mas todas no mesmo sentido.
Entre nós a ansiedade foi
aumentando, comprimindo o meu coração de mãe, até que decidimos que não
voltariam à escola no dia seguinte. Isto porque um colega da minha filha tinha
estado em Floresça nas férias. Aí senti o pânico a apertar-me o estômago e na Sexta-feira,
dia 13/03, iniciámos o isolamento social voluntário, e permanecemos vigilantes
em relação ao avanço da doença. Nesse mesmo dia, o Governo declara o Estado de
Alerta, preconizando o encerramento de todas as escolas e estabelecimentos de
ensino a partir de dia 16/03. Estamos oficialmente preocupados e aterrorizados
com o que se ouve de Itália e mais concretamente de Itália.
Começámos aí a fazer planos
para o que prevíamos que poderia acontecer, mas não ao ponto de ir a correr
comprar papel-higienico. Por isso fiquei chocada quando numa primeira tentativa
de comprar papel-higienico online, recebiamos mensagens de que artio estava
esgotado. Porquê papel-higiénico? Porque não sabão para lavar as mãos.
As compras online que tinhamos
feito a meio da semana, estavam confirmadas (incluindo o belo do
papel-higienico e o atum em lata) e iríamos buscá-las na segunda feira, dia 16.
Entretanto reforçámos a despensa, um bocadinho mais que o habitual, mas muito
menos que uma família normal de 5 pessoas. Somos apologistas de minimizar o
desperdício e comprar unicamente o que precisamos, mas atendendo à
excepcionalidade do momento comprámos mais carne e peixe, vegetais e pão,
considerando que as compras grandes estavam feitas.
Talvez nos achem loucos, mas embora
tenhamos decidido fazer isolamento social voluntário, fomos passar um
fim-de-semana há muito marcado na Régua.
Deixámos as crianças com a
minha mãe e a minha tia e partimos.
O cenário que encontrámos foi
desolador. Embora o hotel estivesse ainda bem composto na sexta-feira, não
havia gente na rua nem nos restaurantes. Jantámos sozinhos, num restaurante só
para nós, mas doía-me o desalento do jovem dono e dos funcionários. Aqui tive um
primeiro vislumbre do que poderia estar para vir.
Já no hotel, muita gente a
desmarcar e muitas de prevenção implementadas, para dar cobro às instruções da
DGS.
Depois de voltarmos,
fechamo-nos em casa à espera do pior. Ainda não sabemos o que será, mas sinto
um nervoso miudinho em crescendo.
Como será o amanhã? É sempre a pergunta que deixámos para ser
respondida no dia seguinte.
segunda-feira, 9 de março de 2020
Day 6 and 7 (17 and 18/07) - Kili trek
Here we
are, at Karanga Camp. One camp away from the summit night. On my side I start
feeling a bit anxious, both by not feeling any symptoms of HAS and by not
knowing if it’s going to strike me right in the Summit night. the plan is to leave at midnight and arrive at Uhuru Peak by dawn.
It seems
impossible we reached this far with no prior physical preparation, not feeling
tired and above all without HAS symptoms. So, let’s move onward.
Once again,
they woke us up at 6:00AM, and tonight I managed to sleep for a few hours. The
routine is always the same: dress up, go to the toilet, and wash myself as good
as I can (it’s getting colder and colder), and we pack our bags just in time
for breakfast. I am starting to be fed up with breakfast, as I dislike the
porridge, it’s became quite monotonous: toasted bread slices with jam and tea. We get
our measurements before heading off and everything is good. The heart rate
increased a bit (now is 77 BPM) and SO2 95%.
We left the
camp at 7:15 AM, later than planned, what doesn’t please Jonas our lead guide at all.
It is a
very steep and rocky track: looks like we have landed on the moon. NO leaving
creatures around, just rocks and debris probably from an eruption.
I got some
small stones on the way, so I can show it to the kids when I get back home. One
is a shale flat and mossy stone and the second one is dark shiny black one.
Beside a
few porters, we walked most of the time alone, we didn’t see any other
tourists. It was so comforting and calming. All that silence.
We arrived
Barafu (by the way it means ice in Kiswahili), in 2,5 hours. It was quite fast
and as we arrive we realize that most people didn’t leave the camp yet. We are
now at 4.600m ASL.
As we walk
further inside the camp site, we can see people coming down. It’s overwhelming:
most people are overly tired, faces are disfigured because of all the effort,
the cold and the altitude. Some people look happy though. SO it’s around
10:00AM and people are still coming down from Uhuru Peak.
After a
quick rest for a snack, Jonas mobilizes us for an acclimatization walk (up to
4.920m) and for us to get used to the trek, as we will walk during the night. The
trek is extremely steep and the rocks are slippery.
As we go
up, hundreds of people come down. We don’t even dare to ask how it was. Some
can’t even walk, and they are literally being carried by guides, porters and
partners, looking extenuated.
It is a
very demanding climb, namely because of all the people crossing us, there is
not much safe space left for us to walk on the rocks.
We made it
successfully up to 4.920 m and we were coming down when we met the Mexican girls,
who is doing it on her own (with no partner), and it felt like we've met an old
friend.
We greeted each other, exchanged points of view and experiences and
wished each other best of luck for the following day. Maybe we will meet again
sometime.
We got back
to the camp site in about 40 minutes and we had a nice rest. In Barafu Camp
there is no water, therefore porters need to carry it all the way up from
Karanga Camp, that’s why we see porters carrying buckets on their heads all the
time, back and forth. It is quite demanding, and we are not allowed to waste
any water. All the water is reused: for instance, the water we used to wash
ourselves is reused in the toilet.
We are
located in a magnificent spot, and we can see Mawenzi peak perfectly.
Paula can
see the weather forecast (-2ºC, real feel -1ºC), don’t know how it will be
tonight at midnight, as we leave the camp, but by now is cold and misty.
After
having our veggie lunch (remember we can not eat meat anymore), is time to
check our gear and make tonight’s plans.
I took a
walk around the camp looking for a good soul to lend me the phone charging
cord, and I met Rudi.
After we
are allowed to have a siesta but it is not very comforting as most teams are
dismantling the camps, and I can hardly sleep because of all the noise.
After waking up, I am off again to look for
Rudi so I can charge my phone for tonight. On my way I met a family (father and
2 kids), climbing together. I wish I could do it with my kids, but by the time
they are old enough to do it there will be no snows or glaciers.
We had a
light dinner and went back to bed. It’s 7 PM and I can’t keep my eyes closed, I
think it’s anxiety. The tent is also leaning into Paula’s side, and I am constantly
sliding towards her and trying not to smash her. She is sleeping like a baby,
as always.
Finally,
it’s 11 PM, time to rise and shine.
We dress up
quickly: 3 layers on the body plus insulated jacket, 2 pairs of socks, 2 pairs
of leggings plus the sky pants, 2 pairs of gloves, balaclava, warm hat... I
feel like a snow man, overly dressed.
Jonas made
the decision yesterday that him and Isaac would carry our backpacks, to make it
easier for us.
We leave the
camp a bit later than expected (00:18) but we get a beautiful view of the
people going up the mountain. It looks like thousands of stars are dancing
around, as it’s pitch black up there, you can only see the light from the head lamps. I think it is one of strongest feeling I
got from this journey, thousands of fireflies dancing around my eyes.
We walk slowly
among many others tourists. As we’re not carrying our backpacks we walk
slightly faster than others, plus Jonas is possessed by some kind of inner
force, and wants to overtake everyone else. We need to remind him that we just
want to arrive to Uhuru peak, we don’t need to be the first to do it.
Some groups
are really slow, mainly because people have different paces and determine the
group’s pace, also some people feel sick already and make their groups slowing down or even come to a complete stop. Some groups are very large, and have as
many as 20 people. Being just the 2 of us is a huge advantage. This should be a
selection item, as the bigger the group, the smaller the success rate.
So pole pole we overtake several large groups, but it’s an outstanding work, as we need to
forge our way in between the rocks. We get tired quickly.
My feet are
completely frozen; there is no way they are getting warmer. Hands and body is
warm by now, but it’s so cold and I can’t breathe through my balaclava. It gets
wet and my nose is dripping so badly, and I don’t have where to clean it
anymore. I take the balaclava of and it’s too cold, I put it back and can’t
breathe. I look to Paula and I see ice crystals around the place where her
mouth is. It’s so interesting.
We stop
from time to time to get our strength back and to warm up with some hot tea.
Going to the toilet is now harder, as it’s freezing cold and there are hundreds
of people everywhere. Jonas dislikes the fact that we want to stop so often,
but we need to pull ourselves together.
It’s
getting colder, and although I have already opened my jacket and removed one
pair of gloves, my feet don’t get any warmer. Suddenly we realize something
wrong going on with Jonas. He is trembling, his legs are shaking and he can’t
walk straight. Despite our concern, he stands that he he’s fine. We can clearly
see that the backpack is far too heavy and it’s causing him
pain and feeling unease. Finally, we managed to stop for a hot tea and re-distribute the weight. At
this point the wind is so cold, that I need to put my second pair of gloves on
and I close my jacket again. Paula is feeling more comfortable than me, but the
cold is disturbing me a lot.
Jonas is
getting worse and worse, and regardless our suggestions to stop or to exchange
backpacks, they keep on moving.
We are now
at Stela Point, it’s still pitch black and it’s crazy cold here. As you
turn the mountain, the cold wind strikes me and almost throws me on the ground. It doesn’t help being so light and short, it’s been a huge advantage so
far, but now I am felling very very uncomfortable. There is no way I can warm
my hands and feet up. According with Jonas, we still have 45 minutes to go to
reach Uhuru Peak. I am feeling sleepy and frozen, so I ask Isaac to hold my
poles, and I put my hands inside my pocket. It gets better, but I need to keep
one hand hanging downs to reactivate the blood stream. I wonder if this is
normal, or I am a bit hypothermic, and Isaac just says it’s normal…
These last
45 minutes seem to last forever. It’s pure torture to me. I made it easily up
to here to find that I can actually give up due to the cold. My face is frozen,
I can feel the wind through my insulated jacket… but I keep on going. Finally,
we see Uhuru Peak and the glaciers and it’s astoundingly beautiful. I almost
cry when I see the sun rising and Uhuru peak in behind. So, I just keep on going.
I feel so peaceful now and sure I will make it, that I almost don’t feel cold
anymore.
After a
while, we join the dozens of people standing around Uhuru peak, trying to get
the perfect shot. I can’t believe we made it!
You will
stand there 5 min maximum, it’s so cold that you don’t want to stand there. You
just take your perfect shot and leave straight to Barafu camp. That’s all you
get after 6h walk!
Jonas tells
us that it’s -10ºC, I have never been in such a low temperature before in my
life. Another record set.
As we start
coming back, the sun is rising and it’s warmer than before. Even so, I can’t
remove my gloves. We stop here and there to make some pictures and record the
moment. Don’t really want to miss it. It was so special.
I can
barely believe that I’ve actually made it to Uhuru Peak. After all the sad
stories Ia heard, seeing those people coming down yesterday, I never really
rely on myself and deep down inside I’ve always thought that this was going to
be one of the greatest adventures, even if I didn’t reach the summit. I kept in
the back of my mind that I wouldn’t make it, and in the end I did. Maybe it was
the absence of expectations that keep me going, knowing that if I didn’t make
it, it would be ok as well.
Coming down
is a lot easier and warmer. You start to peel out your clothes and can barely
stand the heat, thus it is still cold walking under the sun and getting the
heat from the stones just keeps you warm.
If I’d
known I would have put on leggings so I could remove my insulated pants.
One of the
things that shocked me the most was the number of people coming down by alternative
paths. People step everywhere, liter wherever, and it has a tremendous
environmental impact. I could not stop thinking about that, and even now that I
am far from the scene I keep on thinking if I made the right decision when I
decided to climb Kili.
It never crossed my mind that this would have such an enormous footprint.
On the way
down you see people been carried out, people taking oxygen, people waiting to
be recued by helicopter. Don’t think it’s a piece of cake, is one of the toughest
experiences in your life. For me, coming down was very hard because of the
heat, the dust (my god there is so much dust in the air, and last but not the
least, I needed to urge to the toilet, and that was hours away.
Anyway, we
came down to Barafu (another 4 h walk) and we arrived around 10:30 AM.
Honestly, I just wanted to sleep, I was so tired that I barely could keep my
eyes opened. They didn’t let us sleep, because we need to come downs as quick
as possible to Mweka camp.
We had a
light meal and we longed so much for a bath that we decided to come all the way
down to Mweka gate, and skip another night in the mountain.
That was
the most stupid decision to make. It’s a very long walk, too long in fact. The path
is very winding and lots of steps. My legs were so trembling and tired that I couldn’t
walk straight. Plus, we had to rush nearly the end because our crew forgot to
tell us that we needed to get out of the Park until 6PM at 5:30. This
in fact was the most difficult thing I have ever done. Not the 6 days walking
plus the night, this endeavor was the craziest of my life, we walked 27 km, for 18 hours in a row. Not easy my friends.
After, I couldn’t
step into the car to get us to Arusha… I won’t even mention the following days.
Anyway, it
was worth it, every minute and every penny!
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